Veste e Brinca: As redes sociais como complemento à atividade presencial
Foi pelas mãos de Sandra Nogueira que, a 29 de janeiro de 2011, surgiu em Freamunde a Veste e Brinca, uma loja de vestuário infanto-juvenil. Focada e com os pés bem assentes na terra, a proprietária do estabelecimento vê no seu espaço uma “concretização pessoal”.
A responsável da loja teve o seu primeiro emprego numa loja deste ramo e, desde então, ficou com um gosto especial em vestir crianças e jovens. “Quando abrimos um negócio não podemos ir para onde há muita concorrência. Em Freamunde, além de ser um meio pequeno, não tinha muito este tipo de comércio e isso permitiu que, atualmente, o meu estabelecimento seja reconhecido”, acrescentou.
O espaço acolhedor tem à disposição de quem o visita roupas e acessórios que servem desde recém-nascidos até jovens de 18 anos. Além disso, os clientes podem contar com um atendimento cuidado: “Tentamos sempre mimar os clientes, especialmente, os mais novos. As crianças dizem que gostam de vir à loja da Sandra porque ela dá sempre um saco de gomas e sabe o que nós gostamos”.
Para Sandra Nogueira, o serviço prestado é muito importante, uma vez que pode ser o motivo para que as pessoas regressem. “Não forço o cliente a nada. Não digo a ninguém que algo fica bem quando não é isso que acho. Prefiro perder uma venda, mas ganhar um cliente”, admite.
Como muitos outros estabelecimentos, a Veste e Brinca encerrou as suas portas temporariamente, devido à pandemia. A falta de informação e o clima de instabilidade levaram Sandra a “bloquear”. “Tinha comprado uma coleção, que envolveu um grande investimento monetário, depois a loja fechou e eu não sabia o que fazer”.
Contudo, a responsável da loja não se acomodou e percebeu que o digital podia ser uma aposta rentável: “tinha contas para pagar e, por isso, tive de ir ao encontro do cliente. Se eles não podiam vir cá, fomos nós ter com eles. Foi assim que passei a agilizar a atividade da loja entre diretos e vendas online”.
Com uma média de 100 pessoas por direto, Sandra Nogueira passou a ter clientes de todo o país e até de França, Alemanha e Suíça. Esta aposta foi bem recebida pelo público e a proprietária da loja admite que é para continuar porque “as redes sociais acabam por ser um complemento à atividade presencial” e é importante “estar um pouco por todo o lado”.
Apesar de muitos clientes ainda preferirem deslocar-se à loja “cada vez menos há essa preocupação”, sendo que a Veste e Brinca já tem “clientes que compram mais nos diretos do que presencialmente”, referiu.
Com esta situação, Sandra aprendeu que “não se pode baixar os braços porque se o fizermos fechamos uma porta”. Além disso, reconhece que, “às vezes, paramos no tempo” e isso pode ser prejudicial. “Nós estávamos com os olhos tapados. O negócio estava a correr bem e podia correr ainda melhor se já tivéssemos promovido este tipo de iniciativas no digital. Se a aposta já tivesse sido feita, tínhamos vendido ainda mais”, colmatou.
Além da Veste e Brinca, Sandra é também proprietária da Veste e Use, destinada aos adultos, um projeto que se iniciou em 2016.